Na edição de 2024 do Análise Advocacia Mulher, um dos reconhecimentos mais importantes de direito no país, o Ceará foi destaque na região Nordeste, apresentando um crescimento de 83% no número de advogadas eleitas Mais Admiradas. Seguido do Ceará vem a Bahia, com um aumento de 17%. Em comparação com a primeira edição da honraria, o número de advogadas Mais Admiradas por Unidade Federativa cresceu 21%.
Além disso, os estados da Paraíba e do Maranhão voltaram a integrar o ranking das Mais Admiradas na região Nordeste, enquanto Tocantins fez sua estreia representando a região Norte.
Gilmara Barbosa, sócia-fundadora do Abreu, Barbosa e Viveiros (ABV) Advogados, eleita como advogada Mais Admirada este ano, explica que esse aumento no Estado do Ceará pode ser justificado pelo amadurecimento no ambiente de negócios local.
Segundo a advogada, o uso de fontes de energia renováveis foi um impulso para o novo contexto do aumento de mulheres em posições de destaque, trazendo novas demandas jurídicas em diversas áreas: “Temos observado o aumento de demandas tanto na área de planejamento patrimonial, como na de operações de due diiligence (não necessariamente para M&A, mas também para embasar algumas decisões estratégicas e/ou operações). Em parte, isso se deve ao amadurecimento, ainda que lento, da governança corporativa nas empresas da região e sua preocupação com a sustentabilidade do negócio. Paralelamente, também temos observado um aumento das demandas de contencioso societário, principalmente versando sobre a dissolução parcial da sociedade”, destacou Gilmara Barbosa.
No que tange o aumento de mulheres na advocacia cearense, a sócia-fundadora da ABV Advogados, Gilmara Barbosa pontua que “temos visto uma maior participação feminina em sociedades de escritório e/ou em posições de diretoria, apesar de, infelizmente, ainda ser um contexto minoritário, mas que aos poucos vem sendo rompido.”
Para além do reconhecimento por um desempenho jurídico excepcional, a ABV Advogados também é destaque pela sua cultura de valorização natural do trabalho feminino, no qual mulheres, desde a origem do escritório, conseguem ocupar altos cargos pelo merecimento profissional: “A ABV não tem uma política direcionada para a contratação de mulheres, ou que as privilegie de alguma forma. Porém, a ABV tem em sua gênese duas mulheres entre seus três sócios fundadores e, coincidência ou não, o escritório sempre teve uma composição predominantemente feminina. Naturalmente invertemos a tendência cultural de levar homens a posições de liderança, haja vista que em nosso escritório as coordenadoras sempre foram mulheres e todas as ascensões que ocorreram à condição de sócio de capital, até o momento, se deram por mulheres. É um contexto realmente bem diferenciado no Ceará, ou, quiçá, na região Nordeste. A verdade é que, muito antes de ESG, Diversidade e Inclusão se tornarem assuntos frequentes na pauta do mundo corporativo e na mídia, a ABV Advogados já vivia isso com plena autenticidade”, conta Gilmara Barbosa, uma das sócias-fundadoras da ABV Advogados.
Fundado por Gilmara Barbosa, Juliana Abreu e Marcos Viveiros, o escritório é referência nacional pela sua atuação de alto padrão. Para além da advocacia, a ABV Advogados é também exemplo do potencial feminino e, Gilmara Barbosa explica qual o papel dos homens nesse processo: “Repetirmos com tanta veemência que “a ABV já nasceu diferente”, pois tem em sua gênese o genuíno respeito pela identidade de todos que a compõem, independentemente de gênero, cor ou orientação sexual. E, sim, já vemos ações de inclusão e diversidade serem difundidas pelo mercado, porém, ainda são poucas as iniciativas neste sentido, e, a maioria, promovidas por mulheres, o que é uma pena, pois uma maior participação masculina nesse tipo de iniciativa teria um impacto positivo muito grande. A história da ABV é prova disso. Essa formação ocorreu a partir de um convite do Marcos (então nosso “chefe”) para compormos uma nova sociedade, ou seja, foi o convite/reconhecimento de um homem que mobilizou e uniu as forças de duas mulheres em uma sociedade. Um ótimo exemplo de “ele(s) por ela(s)”, do qual nossa sociedade, como todo, ainda carece tanto”, finaliza a advogada.